Como os meus familiares e muitos amigos sabem, e disso não faço tabu, a Graciete está a passar momentos de saúde muito difíceis e, por isso, passei todo o dia no S. João ( enorme hospital), onde ela está internada.
Saí do Hospital liguei à Susana e disse- lhe: Susana eu tenho que jantar e bem e vou àquele restaurante junto ao rio onde se come bom peixe grelhado. Não comi nada… durante o dia e este esbelto corpo pede algum acompanhamento! Ia comer só pois eles iam jantar à mãe do Nelson e cantar os parabéns ao meu neto Pedrinho que hoje fazia dois anos!
O tal restaurante estava fechado, dei uma volta ao quarteirão e fui ter, como não havia de deixar de ser, ao Praia Mar, sempre primeira escolha e escolha primeira!
E ia eu entrando pensando em dizer aos meus amigos funcionários para me conseguirem uma mesa isolada e recôndita para esta alma penada, quando vejo uma mulher com os braços abertos, maiores que os do Redentor, me acolhendo e dizendo: ” Pá”, estás salvo, eu estou aqui! Que alegria, que redenção! Era a minha sobrinha Rita, e perdoe- me toda a gente, era a pessoa exacta no momento exacto!
O abraço foi, como definir…
Estava com o seu namorado Serafim, que olhava para aquilo com um misto de surpresa e ternura, mas que rapidamente atingiu ser daqueles momentos em que é melhor deixar acontecer…
O jantar foi salvífico: a comida exagerada foi toda! O vinho demasiado não chegou! Falamos de tudo, rimos, choramos, confidenciamos, exaltamos e… No fim, no fim aparece a Susana e o Nelson com o Pedrinho ainda desperto! O meu abraço e os meus beijos foram de agradecimento de um avô reconfortado..
GLORIFICAMOS A VIDA!