APRENDER COM O ” FUTEBOLEZ”

Se há classe em Portugal em quem nos devíamos rever e aprender é com a dos futebolistas! Estupefactos os meus amigos perguntarão: porquê?
É simples: é a classe com o discurso mais optimista e organizado. Também mais inconformado e, diria até, clarividente! Ora vejamos porquê:
Primeiramente porque tem um discurso uniforme e dizem sempre todos o mesmo : que se p…repararam bem, treinaram bem, que o adversário é difícil ( é sempre difícil ), mas que há que pôr os pés no chão, há que treinar bem, seguir as ordens do “mister”, mostrar a nossa qualidade, cumprir os objectivos etc. etc… Vejam só a clarividência deste discurso e o optimismo que encerra…!
Mas, quando o resultado não é favorável, são humildes, reconhecem que não cumpriram os objectivos, as coisas não correram como esperavam, treinaram bem, mas há que levantar a cabeça, pôr os pés no chão, levantar a cabeça, seguir em frente, seguir em frente e levantar a cabeça! Se isto não é resiliência e inconformismo, então o que é?
Mas é também uma classe que integra pessoas de alta clarividência, que tem feito “upgrades” notáveis ao nível da linguagem, capaz de inovar, de criar neologismos incríveis, em suma, um verdadeiro “apport” quiça tão notável como os feitos de alguns cientistas que agora celebramos! Claro que não esgou a falar do Jorge Jesus, porque esse está noutro nível e merece um capítulo à parte!
Vejamos o caso do Abel Xavier que, apesar do seu aspecto algo exótico, é um poliglota e um “globetrotter” : ele é um mestre na dissecação da língua portuguesa e na criação de linguagem nova! Aquando da sua destituição de treinador do Olhanense
ele justificou essa mesma destituição com esta pérola, inaudita e nunca utilizada : que o Treinador o que fazia era “Treinar a Dor”! Profundo, sem dúvida. E inovador!
Tanto que eu, imediatamente, seguindo a sua notável inovação, me lembrei que o Jogador ” Joga a Dor”! E será que uma Cavalgadura ” Cavalga a Dura”?
O que a gente aprende com o” futebolez”….

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