SUCESSOR DE MANDELA : O PAPA FRANCISCO?

Agora que desapareceu a última referência moral, transversal e indubitável deste nosso triste mundo- NELSON MANDELA, todos estamos carentes e ansiosos que surja alguém que dê sentido prático, audível e unânime, aos anseios de todos: que o mundo seja justo, haja paz e justiça sem exclusão.

Há um Homem, por acaso e justamente designado pela TIME pe…rsonagem mundial do ano, que está a fazer esse caminho, de modo simples e assertivo e, até agora, consensual : o PAPA FRANCISCO!

O seu caminho, até agora sem grandes estrilhos, está a ser competente e eficaz, tanto ao nível metodológico como de mensagem, mas temo que comecem a surgir algumas pedras no seu percurso e colocadas precisamente por gente integrante da Igreja que dirige.

Não é impunemente que assistimos ao silêncio das altas hierarquias, às tentativas de condicionamento das bases ao inquérito agora ordenado, vindo nomeadamente dos Bispos, a maior parte deles titubeantes e impreparados para esta abertura, à continuação por parte dos comentadores teólogos daquele discurso redondo e hermético que tudo quer dizer e nada diz, e agora, pasme-se, ao receio que o discurso do Papa sensibilize e entusiasme mais os ateus e agnósticos do que os próprios membros da Igreja Católica!

Como se a missão da Igreja Católica, para além de ser pano de fundo e sustentáculo da fé e da crença dos seus componentes, não tivesse como finalidade principal a evangelização e a propagação dos valores e princípios transmitidos por Jesus Cristo nos Evangelhos e de que incumbiu os seus Apóstolos : ide e propagai a minha mensagem!

É isso que o PAPA FRANCISCO vem fazendo, não com teorias filosóficas, que valem o que valem, mas com testemunho, acção, exemplo e palavra!

E isto é aquilo que poderá unir os Povos! E a percepção de que existe alguém que dá voz, incentivo e sentido de vida a todos, sem excepção, é que faz com que tanta gente siga atentamente o percurso do Papa e se sinta espelhado nele.

Por isso eu anseio e desejo que este Papa se consolide como essa Reserva Moral e Cívica, que agregue vontades, desarme com o seu exemplo todos aqueles que nos escravizam e chame à sua Igreja todos aqueles que se revêm nos princípios dos Evangelhos mas que, por razões que têm a ver com as práticas, com o isolacionismo e coma rigidez anacrónica até agora manifestada, dela têm estado distantes.

Será que vai ser a própria estrutura da Igreja que vai impedir tudo isto?

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