PREÂMBULO
No seguimento do que já aqui afirmei, os textos que escrevo neste espaço são:
1- Da minha única responsabilidade e reflectem apenas aquilo em que, no momento, penso e em que acredito.
2- É apenas um espaço de “desabafo” que não pretende” doutrinar” nem polemizar.
3- E, assim sendo, correspondendo àquilo que no momento me “sai” e não tem qualquer consulta, seja a Wikipedia, Google ou quejandos que, para este efeito, recuso liminarmente.
4- Como tal, e pela manifesta falta de jeito para estas coisas, estes textos estão carregados de imperfeições e erros de transcrição, de que me penitencio, mas que não acho essenciais para o que quero transmitir.
5- E, finalmente, sendo um espaço de “ evasão” e não pretendendo ser mais do que isso, não tenho por objectivo principal ser seguido ou comentado.
6- Se o fizerem fico satisfeito. Se não o fizerem… amigos na mesma!
VAMOS ENTÃO AO QUE O TÍTULO SUGERE:
Está aí à porta um acto eleitoral e, a propósito disso, resolvi escrever este texto. Não é novidade para quem me conhece ou leia que, politicamente, sou um independente de esquerda, que se situa mais próximo da CDU que do PS e que votou quase sempre na CDU. Considero-me como sendo “geneticamente” de esquerda e, como coloquei no meu perfil no Facebook, sou : “ Católico por tradição e de Esquerda por nascimento”!
Com base nos princípios programáticos eu poderia muito bem apoiar o PS, como o faz quase toda a minha família ( que comunga, no essencial, dos mesmos princípios ), mas não o faço porque, na democracia burguesa em que vivemos, havendo diferenças fundamentais ideológicas entre PS e PSD, essas mesmas diferenças não se transportam para a utilização que ambos fazem de aparelho de Estado quando são Poder. E, mais, ambos têm o mesmo conceito de aparelho partidário que existe para, em sendo Poder, dele se apropriarem na lógica de que se os seus fieis correligionários trabalharam e os ajudaram a alcançar esse desiderato, o Partido lhes deve dar a devida e justa recompensa, com a tal nomeação ou o tal lugarzito.
E isto, desculpem, eu não aceito pois não pode ter este o sentido e a finalidade. E aqui serei sempre irredutível!
Reside, pois, aqui uma principal e definitiva razão que me distancia desta democracia formal, onde o Poder é legitimado pelo voto, sem dúvida, mas onde esse mesmo Poder é sempre exercido pelos mesmos, num círculo vicioso que, infelizmente, está viciado : pela mentira, pelas promessas sempre incumpridas, pela desresponsabilização, pela difusão, pelos Lobbis, pelo dinheiro etc. etc. etc.
Mas não só : também pelos Líders que se nos apresentam e em quem normalmente não me consigo rever. Mas, aqui, eu não sou diferente dos meus amigos : também, ao longo da vida, já mudei a minha orientação de voto. Votei, por exemplo, em Ferro Rodrigues contra Barroso. Quase votava Sócrates, quase, nas últimas legislativas. Mas dificilmente alguma vez votarei Seguro! Mas não me custaria votar em António Costa! A gradação de convicção em cada um destes é variável e depende também da análise do momento.
Mas faz toda a diferença o Líder do PCP : JERÓNIMO DE SOUSA! É que neste Homem eu revejo-me em toda a plenitude. Toda! Ele oferece-me, desde logo, aquilo que eu entendo mais importante em relação a todos os outros: aquele diferencial de confiança que não consigo obter, na totalidade, em mais nenhum outro! A ponto de poder dizer : neste eu confio plenamente! E este diferencial de confiança é para mim vital e faz toda a diferença quando vou votar : fico de bem com a minha consciência e plenamente convencido que o meu “ mandato” foi bem entregue, pois quem o recebeu sei que tudo fará para o respeitar, como sempre fez, defendendo tudo aquilo em que acredito e concorre para uma sociedade mais justa e solidária. Sempre sem cedências, sem jogos de interesses, sem paliativos, sem escusas, com dedicação e pundonor e…fico, quanto a isso, descansado. Nunca me desiludiram!
Mas, voltando ao Jerónimo, eu revejo-me também no seu percurso de vida. Um percurso difícil, agreste, aguentando a pulso e sustentado na coragem e num objectivo luminoso : a confiança no futuro do Homem.
E revejo-me na sua humanidade, na sua singeleza e na sua educação aprimorada. E revejo-me na sua serenidade confiante. Na sua simplicidade, mas também na sua inquebrantável firmeza. E na sua cultura, obtida da vida e das pessoas. E, finalmente, na sua abertura à agregação de gente jovem, que nele sentem um jovem como eles, mas o escudo férreo que os protege.
Revejo-me na transformação que tem feito no PCP e lembro-me de quando acusavam o PCP de ser um Partido anquilosado e velho! De velhos que dominavam o aparelho e impediam mudanças. Diziam, lembram-se? Pois dá gosto e orgulho constatar, agora, o Grupo Parlamentar do PCP : um Grupo de jovens valorosos, preparados, intrépidos e diligentes, comandados por outro jovem, o JOÃO OLIVEIRA e de que fazem parte o nosso amigo e conterrâneo JORGE MACHADO, a RITA RATO, o BRUNO DIAS, o MANUEL TIAGO, o PAULO SÁ, a PAULA SANTOS, o DAVID COSTA… todos manifestamente capazes e destemidos, mas ali abrigados na Fortaleza Jerónimo. Dá gosto ver, gente expedita e decidida, sem bloqueios, sem constrangimentos e interventiva. Dá gosto e dá admiração!
JERÓNIMO DE SOUSA abriu as portas do Partido à juventude e deu-lhes relevo. E esta juventude mostra e traz frescura e actualidade, mas nunca deixando de lado o ADN do Partido: um Partido na defesa dos Trabalhadores, dos mais fracos, dos excluídos… mas sempre organizado e integrado institucionalmente, no objectivo final de que as pessoas hão-de ser livres e há-de haver mais justiça, paz e igualdade.
JERÓNIMO DE SOUSA é um Homem cativante e a mim cativa-me, definitivamente