SETEMBRO : Dias 28 e 29!

Ao evocar o mês de Setembro e concretamente estes dois dias, um no Domingo e o outro ontem, faço-o porque são de sobremaneira marcantes e significativos na minha história política e afectiva.

Ao lembrar o dia 28 de Setembro não quero evocar aquele longínquo dia da ” maioria silenciosa” dos idos de 1974, porque seria tenebroso fazê-lo, mas este dia de Domingo, tão perto e tão diferente e associá-lo ao dia seguinte, o de ontem e o de há um ano.

Porquê? Porque ambos os dias marcaram para mim o fim  de um pesadelo: António José Seguro! Eu escrevi muito, glosei muito, brinquei e exacerbei até mas, para meu gáudio e nossa satisfação, verifiquei que estava certo na minha já antiga análise e…ponto final! Para mim acabou e é ” finito”. Foi para isso que me inscrevi nas Directas, foi para isso que fui votar para, tal como afirmou António Costa, também dizer que não me poderia conformar com uma nova vitória desta Direita, por ausência de adversário. Encerrado, portanto, este capítulo!

Mas, introduzindo agora o dia 29 de Setembro, esse foi o dia em que, precisamente há um ano, o meu irmão António Vassalo Abreu ganhou pela terceira vez consecutiva a Eleição para a Presidência da Câmara da Ponte da Barca, desta vez com maioria reforçada, entrando no seu último mandato com uma legitimidade acrescida, alicerçada numa visão diferente da política, numa relação aberta aos cidadãos, com uma política também diferente perante os interesses, com uma atitude diferente e diferenciadora, feita de uma entrega inteira e contínua na defesa dos interesses de todos os Barquenses e numa comunhão permanente com todos.

No entanto, ainda a propósito do dia 28, Domingo, eu quero lembrar que o meu Irmão, sendo Militante Socialista, obedecendo no essencial à sua cadeia hierárquica como é norma, nunca esteve com Seguro! E vale a pena recordar : aquando daquele avanço extemporâneo de Seguro, elevador abaixo no Hotel Altis, enquanto o ” moribundo” Sócrates ainda se despedia dos seus, ele que esteve seis longos anos na sombra, na espera ansiosa daquele momento, ficou definido para mim, para muitos e para o meu Irmão o ” carácter” do personagem. E, logo depois, quando se confrontaram pela liderança Seguro e Assis, enquanto todos os seus colegas Autarcas alinharam imediatamente por Seguro, num seguidismo deveras oportuno e oportunista, o meu Irmão foi o único, ou dos únicos que, apesar de verberado, não o apoiou. E apoiou o outro, Assis, que também não convencia mas era a única alternativa presente. Assim foi..

Agora recentemente, quando se declararam as Primárias, ainda à revelia da maior parte dos seus colegas Autarcas do Alto Minho ( com as honrosas excepções do de Caminha e Paredes de Coura, este e não o outro) o meu Irmão apoiou desde o princípio Costa e não Seguro.

E fez bem, muito bem mesmo. Porque ao contrário de todos aqueles que enchem a boca dizendo-se ” muito responsáveis”, como se os que não o dizem não o sejam, e com ” muitos princípios”, o meu Irmão sabia que não traziam nada de novo, não eram alternativa válida, que os simpatizantes e restantes votantes não aceitariam essa solução e seriam ” comidos” em repasto bem regado por esta Direita. E, assim, continuariam este ” festim” de austeridade, esta política sempre dirigida ao empobrecimento acelerado dos mais indefesos e esvaídos.

Em contraponto com muitos teus colegas, como disse, mereceste o dia 28 deste ano e na sequência do dia 29 de há um ano quero-te dizer: estiveste bem, muito bem e mereceste o meu voto de Domingo. E se eu me dei ao trabalho de ir, foi por ti, pelo António Costa e pelo futuro do País que eu lá fui..

Por nada mais…e agora vou beber uma Imperial!

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