Calem-se!
Façam silêncio, porra!
Morreu o Poeta
O Poeta morreu!
O Poeta refugiado
Ausentou-se
Das palavras
Da angústia de escrever
A Poesia
A nossa Poesia
Da angustiosa calma do seu refúgio
Escolheu ausentar-se
E levou todo o mundo das palavras
Escolhidas
Únicas
Próprias
Profundas
Absolutas!
Ler o Poeta era
Ilustrar os sentimentos
Era entrar nas profundezas
Da sua essência
Era viver
Era Amar
Era sentir
Era chorar
Era afinar os sentidos
Do tempo
Da carne
Do olhar
Do pensar!
O Poeta ausentou-se
Foi sem avisar
E levou tudo consigo…