Ela serve-se fria, costuma-se dizer mas, neste caso, serve-se também, e ao mesmo, de um modo sibilino e sonso. Porque por uma encartada sonsa ela foi servida.
O personagem remeteu-se ao silêncio e em silêncio continua mas, contrariando a sua anterior máxima do “qual a pressa, qual a pressa, qual a pressa?” quando instado pelos jornalistas a divulgar o cabeça de lista para as Europeias, penso que foi, desta vez ele teve toda a pressa. Ele sentiu que era o momento certo para a sua pequena mas verrinosa vingança.
E quem utilizou ele para tal? Aquela pequena sonsa e insonsa que ele, em devido tempo, elevou a Presidente do Partido, certamente por actos e feitos gloriosos ao seu serviço, que ninguém conhece pois, por onde entrou, saiu sempre calada e silenciosa e nada se lhe reconhece de relevante a não ser o facto de estando em Coimbra em 69 não ter participado nas lutas estudantis, ter entrado em 73 para o Ministério do Trabalho, grande feito, e ter estado em Macau nos anos 80, este sim um grande feito!
Ah! Passou também pelo Ministério da Saúde onde fez mais um rectificativo e de onde, consta, transitou directamente para o BES SAÙDE. Outro grande feito, no sentido de fazer sentido a continuação do emprego directamente na casa para a qual mais trabalhou. Isto, sim, é um curriculum…
Mas há qualquer coisa na criatura que não bate certo. Aquela cabeleira articulada em cima daquela pequena cabeça, fazendo-a desproporcional ao corpo, não batendo assim a bota com a perdigota, faz dela um ser assim caricatural tipo Ana Bola na série “ Sim Srª Ministra”. Não acham? Eu acho mas distingo-as porque, ao passo que uma é desbocada e estouvada e a gente até lhe acha piada, esta fala baixinho e é monocórdica. Fala e o corpo não mexe, não demonstra emoções, é um autómato guiado pela sustentabilidade da cabeleira, não se irrita mas irrita os outros porque não se irrita. E eu não gosto de pessoas assim, de pessoas que não demonstram emoções, que debitam as palavras a conta gotas com aquele sorrisinho amarelo de quem está prestes a desfalecer e demonstra ter coração de pedra. Não gosto. Não vou à missa com pessoas assim…Mas são pessoas que se prestam a certos papéis.
A quem lembraria, em plena campanha para as Legislativas onde está em causa uma mudança de governo e de maioria, depois de todas as tropelias nestes quatro anos provocadas por esta tropa fandanga que nos governou, se não a um ser como este, para mim instigada por aquele outro, vir apresentar uma candidatura às Presidenciais sabendo que iria desfocar a atenção do seu Partido da questão agora essencial e provocar a sua divisão?
Como é que esta “piccola” Roseira que é suplente nas listas do seu Partido por Lisboa, suplente repito e, portanto, sem hipóteses de eleição, aparece ao lado do de António Costa na apresentação das candidaturas no Tribunal? Que foi ela lá fazer? Foi convidada ou convidou-se para, cinicamente, pretender provar uma unidade completamente espúria? Mas lá estava ela, como sempre articulada, articulando umas palavras de circunstância com aquele ar de porcelana barata no seu triste papel.
Mas triste PS este que a tal se sujeita. E Manuel Alegre, esse mestre da independência que teve o seu apoio quando outra cisão criou, lá está na primeira linha do apoio, pagando o favor que a mesma lhe fez. Amor com amor se paga diz o Povo.
E assim está o PS: o Seguro no seu “ bunker” vai mexendo uns cordelinhos e a sua candidatura ganhando apoios e o a direcção actual numa deriva autofágica, que começou nos cartazes, lá segue nesta inglória incapacidade de estancar a cisão. Prevejo tempos difíceis…
Mas esta senhora não é elegível, esta senhora não tem perfil, esta Maria não é “ Roseirável”. Ela é só espinhos, ela não une, ela só separa. Ela é só cabeleira articulada.
Mas isto nem é comigo e porque é que eu me “chateio” com isto.?
Olhem eu vou votar na primeira volta no meu candidato e depois voto no Marcelo e pronto. O Marcelo é o que sabemos : o Marcelo é um pouco diletante, é de manhã bem e à tarde mal, às segundas quartas e sextas católico e nos restantes dias não se sabe bem o quê, a não ser ser Professor, é Braguista e Sportinguista, é um tanto dado a cenários e vichyssoises, mas é um tipo culto, tem bonomia, é preparado, tem o coração aberto, entra em todas as casas, e com ele na Presidência o orçamento baixa para metade porque ele não precisa de 38 assessores, a ele bastam-lhe oito, porque ele sabe por eles todos e nem primeira dama tem. O Marcelo sim, o Marcelo é “ Marcelhável”!
Os outros nem pensar! O Santana é um pedante deslumbrado e o rio é um fiasco delirante. Julgava-se insubstituível, o rei do Norte até mas, afinal, em apenas um ano o outro que se lhe seguiu já fez mais que ele em doze e, quanto a contas, aí dá-lhe dez a zero. O Rio não é moderno, o Rio tem teias de aranha no cérebro, o Marcelo não! Este rio não é “ navegável”.
E o da Nóvoa? O Nóvoa é uma névoa e nunca será “ Sampaiável”!
E depois? Depois? Depois que venha o próximo, ora…