Uma vez mais, acedendo ao convite, mas pagando bilhete, tive a honra de participar no jantar de Reis que o PS da Ponte da Barca leva anualmente a efeito nesta altura do ano e que conta sempre como convidado principal uma figura proeminente deste Partido.
Assim foi no ano passado com António Costa, já candidato a Primeiro Ministro eleito em Primárias, e este ano em que a escolha recaiu no Alto Minhoto Dr. TIAGO BRANDÃO RODRIGUES, o novel, brilhante e intrépido Ministro da Educação deste Governo, o “nosso” Tiago como todos dizemos e em quem todos nós, parafraseando o mesmo, fomos votar para que voltasse.
E ele voltou e António Costa atribui-lhe uma das mais difíceis e sensíveis pastas que qualquer governo pode ter, a da Educação, constatando nele, para além do brilhantismo científico que lhe é reconhecido, a juventude, o fulgor, o empenhamento, a elevação ética e moral, a tenacidade e a competência exigíveis para tão difícil cargo e que só a inequívoca vontade de ajudar a promover a mudança anunciada no Programa do PS o terão levado a sair da sua zona de conforto e aceitar.
E a verdade é que o TIAGO não perdeu tempo e, apesar da sua juventude e inexperiência políticas, como muitos criticam como não fosse constatável, ele encarou o “touro” de frente e, em pouco tempo, tem feito na plenitude jus ao que dele esperávamos: destemor e vontade inequívoca de reparar aquilo que o anterior governo desfez e que representava um enorme retrocesso nas boas práticas educativas necessárias para a formação dos Portugueses de modo a prepará-los para a Vida e para o futuro.
A Direita retrógrada e todos os seus “apóstolos” logo trataram de sobre ele fazer recair a sua mais violenta catilinária, mas o TIAGO não se amedrontou e disso mesmo fez saber no discurso com que nos presenteou. E, igualmente, com a sua presença amiga e franca, simples e participativa, nos fez a todos concluir que temos Homem e que ele está preparado, motivado, animado e forte.
Os comentadores arregimentados já gastaram todos os adjectivos disponíveis para o desclassificar e confundir e, no Parlamento, a Direita atónita já nada mais sabe acrescentar que prever o desastre. Tanto veneno está bem retratado nas palavras incendiárias e espúrias de Vasco Pulido Valente no Público (acerca deste ele, a brincar, disse que nunca perdeu trinta segundos com ele e ele deve ter perdido uma boa meia hora a pensar nele!) e de José Manuel Fernandes no Observador a ponto de não saberem mais o que dizer.
Eles vivem tão emparedados no servilismo a quem lhes paga e no imobilismo de quem servem, deles e de todos os “lóbis”, que não suportam que a Educação possa ser um bem universal, de todos e para todos e a todos acessível em condições idênticas.
O comentador Pedro Marques Lopes, mais moderado, escreveu nas redes sociais que “Não é que discorde mas ele aprendeu muiiiiiitoooo depressa”. A este eu respondi que “Até é verdade e é apanágio de quem é superior à média! E por isso aos 38 anos é o que é e está onde está”. E acrescentei: “Não compreende? Mas eu sei que você com um pouquinho de esforço vai lá…!!!”.
É claro que eles sabem, mas preferem dizer que ele “anda muito depressa”, que “tem muita pressa”, que “não se mudam as regras a meio do jogo”, que “abolir exames é redutor e representa facilitismo” e que “tem uma agenda reformista e radical”. A esta acusação ele particularmente respondeu e reafirmou ser radicalmente contra o promovido pelo anterior governo e, não tendo espírito reformista, tinha mesmo que reverter essas decisões por erradas e nocivas para o Sistema Educativo.
A Direita afirma a plenos pulmões que não se pode reverter o já feito porque isso prejudica o nosso conceito no exterior e retira a confiança dos mercados. E afirma-o como se erros, e há mesmo quem sugira crimes, não tenham que ser reparados (concessões dos transportes, por exemplo) e um novo governo não tenha o dever cívico e moral de os reparar. Mas a todos estes António Costa de modo afirmativo já fez notar que “Tenham paciência, mas agora quem governa somos nós…”.
Mas o TIAGO e a sua equipa não ficou no seu gabinete esperando que a poeira pose e já se lançou à estrada, de sul a norte, num longo périplo de reuniões com todos os agentes da Educação, com reuniões programadas com todos os Directores de Escolas e demais responsáveis, Autarquias incluídas, para que todos entendam as medidas tomadas, para que as percebam, discutam e promovam e, pelos vistos, tal está a suceder, tudo está a sem bem entendido e aplicado sem sobressaltos e a normalidade é o que todos sentem. E o TIAGO, com o seu árduo trabalho, com a sua energia e o seu denodo, voltou para isso mesmo, como disse: para ajudar repor a normalidade.
E pensando em todas essas tristes e mal resolvidas almas, saudosas do passado e tão avessas ao andar para a frente e às mudanças integradoras, eu lembrei-me de uma antiga canção do CHICO BUARQUE, precisamente o “BOM CONSELHO” e em que o Mestre, na sua enorme capacidade de tornar em óbvio o complexo, essa maneira de estar tão bem sintetizou. É assim:
Ouça um Bom Conselho/ Que lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa.
Espere sentado/ Ou você se cansa
Está provado que quem espera nunca alcança.
Venha meu amigo/ Deixe esse regaço/ Brinque com meu fogo/ Venha se queimar…
Faça como eu digo/ Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar.
Eu semeio ventos/ Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade.
Está, realmente, aqui tudo e eu concluo dizendo a toda essa gente: Esperem sentados e não se cansem pois o TIAGO não vai parar. É que ele está semeando o vento na nossa cidade e não hesita em ir para a rua beber a tempestade.
Foi com grande orgulho nele e em toda a sua Família, que conheço há quarenta anos, que lhe dei o meu abraço e lhe desejei a necessária força.
Foi um enorme prazer Dr. TIAGO BRANDÃO RODIGUES, “nosso” TIAGO, ter estado contigo e bem hajas pois está provado, e certificado pelo Chico, que “Quem espera nunca alcança”!