Há uns cinco anos, por uma necessidade quase fisiológica comecei, não a escrever mas a divulgar aquilo que ia escrevendo e aquilo que necessitava de deitar cá para fora, como se usa dizer. Era um acto de uma quase sobrevivência perante algo que me estava a acontecer e para o qual eu necessitava de um contraponto.
Assim começou o meu BLOG aesquerdadozero@wordpress.co, criado pelo meu bom amigo e na altura familiar Nelson D’Aires, reconhecido Fotógrafo e à altura companheiro da minha filha Susana, e Pai do meu neto Pedro, onde eu estes anos publiquei mais de quatrocentos textos. Sobre tudo! Sobre a Vida, sobre a Politica, sobre a Economia, sobre o futuro, sobre o que dele adviria e sobre, também, as características inapropriadas de quem dele, em tempo certo mandando, nada fazia ideia!
Porquê? Porque, esses intervenientes, dele só sabiam do imediato! Daí a sua fraqueza, uma inexorável fraqueza, a qual eu nunca me eximi de denunciar.
E são muitos ao longo deste tempo e basta passar os olhos sobre os temas de que escrevi! Não vou enumerar porque deixo esse trabalho aos meus queridos leitores!
Estive sempre certo? Provavelmente não mas, visto à distância, e às vezes dou-me ao trabalho de recordar o que escrevi, perdoem-me a imodéstia, verifico que, na maior parte das vezes, talvez por uma carga dos diabos, eu estava certo!
Uma Sobrinha minha uma vez, e é uma Sobrinha de alto gabarito intelectual e com uma memória selectiva sem comparação, disse-me que eu já há muitos anos lhe tinha falado da inevitabilidade da queda do BES!
Quando ela mo recordou, já em plena fase do seu autofagismo, eu não me recordava, mas ela lembrou-me de eu lhe dizer, e ainda nada se previa, e eu até considerava, como continuo a considerar, que o BES, e mesmo agora o Novo Banco, era o melhor Banco em termos funcionais, o que melhor actuava na nossa Praça, que a necessidade daquelas sociedades todas, da necessidade de actuar sobre tantas sociedades, dos mais díspares sectores ( e eu lembro-me de lhe ter falado, talvez duma coisa menor, que foi saber que a Agência de Viagens, a Top Atlântico, com a qual por desígnio e favor superior eu cheguei a viajar) era um sinal de poder, sim, mas de uma enorme fraqueza perante a enormidade do esforço financeiro que tal implicava e que, à grande maioria das pessoas, que não sabe nem têm que saber do que são as vicissitudes do negócio bancário, passava despercebido!
Sobre tudo nisso eu escrevi! E escrevi também, em contraponto com tudo isto, da farisaica pronunciação de um tal Costa, Governador do Banco de Portugal que, perante tudo isto dizia, tal como nos finalmente o destituido Silva, que tudo estava bem…
Ao que eu escrevia que, quando sentiam necessidade de dizerem que tudo estava bem, tentando sossegar as almas, os investidores e os que tinham lá as suas poupanças, era porque nada estava bem ou, no mínimo, estava periclitante! Sobre tudo isso escrevi, e ninguém ainda escrevia, quando dediquei vários textos à “SAÚDE DA BANCA PORTUGUESA”!
Por espaço remanescente, creio não ser preciso, para quem seguiu ou siga o que escrevo, recordar mais do que nele falei (escrevi) que, se alguma coisa julguem faltar, mo digam…
De modo que, à semelhança de outras ocasiões, me perpassa pela mente aquela pergunta, que já uma vez num texto publicado me surgiu, e sobre a qual eu escrevi: “Mas falar do quê”?
Eu, que não leio jornais como sabem, e dos cujos só as primeiras páginas observo tenho, como muitos, alguns canais onde me procuro informar mas que, perante a índole pessoal de sobre isso escrever, se confronta com o já escrito e, sobretudo, sobre o que concordo. De modo que eu penso: como escrever sobre o já escrito e do qual eu, no essencial, concordo? Tentar pintar com outras cores? Não, é trabalho inglório e, acima de tudo, desrespeitoso e isso eu não faço. Sublinho apenas a minha aprovação!
Pelo que tenho sempre que procurar novos interesses e daí na dificuldade! Por isso o “Falar do Quê”?
Por exemplo: Esta semana, e ao contrário do que nos últimos meses não fiz, resolvi voltar a ver a “Quadratura do Círculo e o Eixo do Mal”, este mesmo para exorcizar meus pecados!
Temas: Na Quadratura o problema da anilha na Ponte 25 de Abril! Unânimes em dizerem que não havia perigo nenhum e em constatarem o óbvio. Para quê este assunto? Porque uma Revista, agora igual às outras todas, disse que a Ponte estava em risco. Ao que eu pensei de imediato: Até eu estou! Sempre!
Segundo e último tema, do qual abstrusamente eu confesso o meu supremo interesse, quem é o CDS e quem é o PSD? Ou seja, se já se confundem ou se tendem a confundi-ser? E eu? Interíssadimo, como podem calcular!
Mas eis que aí está o grande tema do presente: A Crista diz que é melhor que o Rio! O Rio não responde porque está agora mais interessado no curriculum do seu acólito Barreiras. Os comentadores afirmam que, assim, a Cristas vai chegar aos quarenta deputados à custa do Rio. E a nossa (Vossa) Direita no maior sufoco para ver quem, contra o mais que ausente Costa vai, contra este, ser chamada à liça! Não num toureado bailado, mas numa pega à séria! A nossa Direita em “estado puro”, como diz aquele poeta da Sportv acerca do Futebo!!
O “Se Bem me Lembro” do saudoso Vitorino Nemésio, está a passar agora na RTP Memória! E que bem me sabe voltar a ouvir!
E que me dera lembrar como ele…