AS PROPOSTAS DO SEGURO

Compartilho este “Post” do amigo Barquense José Pedro Amaral, que resume a intervenção de António José Seguro da 1ª Conferência Antena 1/Semanário Económico, porque os seus enunciados servem como uma luva para aquilo que quero dizer e há muito tempo opinar:
1º- Não resta para mim qualquer dúvida que, no quadro democrático e constitucional vigentes, a mudança necessária em Portugal passa, inevitavelmente, pelo PS.
2º- Não tenho qualquer hesitação em subscrever todas os enunciados e frases expressas, porque são, evidentemente, lógicas e ajuizadas, mas…
3º- Correspondem apenas a princípios teóricos, desejos e, até, inevitabilidades, que passo a resumir:
– Investir na via da sustentabilidade….
– Imposição de um limite para a despesa primária….
– Compromisso entre gerações e políticas públicas…
– Correspondência dos direitos à dita sustentabilidade….
– Amplo apoio político e social para que isso aconteça….
– Mobilização dos Portugueses….
Isto resume o que ele disse e eu, programaticamente, subscrevo!
Mas, aquilo que eu quero dizer vai para além disso. O que verdadeiramente me preocupa é a velha pergunta Leninista: “ O QUE FAZER?”.
Depois de aqui chegados, e não vale mais carpir lágrimas porque, infelizmente, aqui chegamos, a pergunta é: o que fazer para resolver este problema, enorme problema, em que estamos metidos e que a simples retórica não resolve?
Como primeira, primordial e inexorável premissa é termos consciência que, para qualquer mudança, é necessário inverter o caminho que a CEE tem seguido. É necessário que o federalismo, a solidariedade, as políticas comuns, a coesão e a união não sejam palavras vãs e não prevaleça o individualismo, a hostilidade Norte-Sul, a supremacia dos interesses dos países grandes e poderosos. É imprescindível que haja estadistas que saibam conciliar os interesses comuns e imponham um modelo solidário, de responsabilidade, sim, mas também de oportunidade. Infelizmente, a começar pelo seu presidente, Durão Barroso, temos tido dirigentes que apenas se preocupam com os seus “egos” e sem força nem autoridade para imporem a Europa como uma potência, tanto económica, como política e ainda por cima com um quadro de conceitos avançados nos direitos cívicos, humanos de sociais.
Tem que haver uma Europa que assuma de uma vez por todas que, para ser verdadeiramente uma Comunidade, tem que ter leis constitucionais homogéneas, tem que ter um Banco Central que defenda o Euro, claro, mas que intervenha na defesa dos seus estados membros, impondo a mutualização das suas dívidas soberanas e as coloque a coberto da sanha dos mercados especulativos e que se afirme, efectivamente, como uma potência económica e comercial, e com políticas comuns, integradas e afirmativas que a diferenciem e continuem a ser bandeira e exemplo na defesa dos direitos sociais e humanos que sempre a caracterizaram.
Sem esta premissa nada será possível e viável. É aqui, como prioridade inequívoca, que todos os agentes políticos devem actuar!
Depois, a Europa, deverá, sim, impor objectivos responsáveis aos seus estados membros, particularmente aqueles em maior dificuldade, como Portugal, deverá traçar metas orçamentais, deverá ser intransigente… só que aqui haverá uma grande diferença: os países sabem as linhas com que se cosem, sabem aquilo que têm que fazer, percebem a oportunidade que lhes é dada, sabem os limites, estão conscientes da rede que os suporta e, neste contexto, não será complicado mobilizar os seus povos!
Só depois de asseguradas estras premissas, será possível, então, tratar daquilo que internamente é necessário fazer, e que está expresso no documento partilhado, e que o PS afirma como princípios básicos.
Mas aqui surge a minha grande dúvida! Começando pelo fim:
-“ … que mobilize os Portugueses… “. Quem? António José Seguro? Esqueçam…
-“… amplo apoio político e social para que isso aconteça..”. Sim, como? Como se consegue? Com quem? Com António José Seguro? Esqueçam…
-“…governos estáveis, que só eleições podem dar…”. Com quem? Com Seguro? Só com uma maioria absoluta, estendendo os braços a outras forças políticas que fiquem vinculadas a esse objectivo comum…Será com Seguro que o PS a vai conseguir? Esqueçam …
-“… a sustentabilidade política e o compromisso entre gerações e políticas públicas…”. Com quem? Com Seguro? Esqueçam….
Para este “ Esqueçam…” poderia invocar mil e uma razões, que toda a gente reconhece, que até os membros do PS reconhecem, mas insistem em não reconhecer….
E AQUI, o problema é do PS, está no PS, de só o PS pode resolver.
Podem insistir, podem continuar a falar para dentro, mas o Povo não vos ouvirá…
Tenho o dito!

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